Autor(a)

MAURO ANGELO SOAVE JUNIOR

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Data publicação

10/07/2022

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Hastags #dragqueen #arteterapia #lgbtqia+

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Resumo

 
O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma reflexão com base na teoria
junguiana e na arteterapia sobre o uso da arte drag como ferramenta de expressão criativa no
setting terapêutico, principalmente para indivíduos LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais,
Transexuais, Queer, Intersexo, Assexual e +). Considerando a drag (queen ou king) como um
produto da cultura LGBTQIA+ essa forma de arte teria uma conexão com esses indivíduos e
sua forma de brincar com as performances de gênero propiciaria o contato com conteúdos
inconscientes, reprimidos ou negados da personalidade, principalmente aqueles ligados à nãoconformidade
de
gênero
e
sexualidade,
tendo-se
como
referência
a
cis-heteronormatividade
que

domina
a
cultura
e
a
concepção
da
sociedade
sobre
identidade
e
papéis
de
gênero.
A
arte
drag

surge
como
maneira
de
trazer
a
presença
feminina
nos
palcos
da
antiguidade
e
depois
se
torna

uma

manifestação artística capaz de agregar os indivíduos LGBTQIA+ em locais de
convivência e tolerância, permitindo a experiência de suas verdades. É composta por diversos
tipos de expressões criativas como: maquiagem, dança, música, teatro, costura, dentre várias
outras, que podem ser incorporadas separadamente no setting como forma de criar um local de
acolhimento, permitindo aos indivíduos cruzar e borrar as barreiras de gênero, construir
identificação positiva com a comunidade LGBTQIA+ e acessar sentimentos positivos a respeito
de sua identidade. Apesar disso, a arte drag não é unanimidade na comunidade LGBTQIA+,
dessa forma seu uso em terapia deve ser pensado de acordo com a afinidade do indivíduo. É
também uma oportunidade para terapeutas quebrarem barreiras e preconceitos a respeito da
comunidade LGBTQIA+, criando métodos mais adequados à vivência desses indivíduos. 
Palavras-chave: drag queen, arteterapia, expressão criativa, LGBTQIA+.