Autor(a)

GABRIEL CAVALCANTI ANDRADE

---

Data publicação

15/04/2023

---

Baixar arquivo PDF

---

Hastags #arteterapia# #Jung# #histórias# #quadrinhos# #autobiografia#

---

Resumo

Esta pesquisa aborda a possibilidade de se utilizar a produção de histórias em
quadrinhos como método na clínica arteterapêutica de abordagem junguiana. A partir
de conceitos-chave de psicologia analítica como complexo, ego, persona, sombra e
self; e do questionamento do que seria arteterapia de abordagem junguiana, buscase

levantar dados que atestem a pertinência do uso de histórias em quadrinho no
contexto da clínica arteterapêutica junguiana. Partindo do entendimento do que são
histórias em quadrinhos proposto por McCloud, busca-se, incialmente, elaborar qual
seria a relação entre essa forma de expressão e a clínica junguiana. Posteriormente,
são citados, a título de exemplo, trabalhos em outras linhas psicoterapêuticas que
usaram a produção de histórias em quadrinhos como técnica expressiva
arteterapêutica. Finalmente, a partir de uma ótica junguiana, são analisadas
entrevistas de cinco autores de quadrinhos autobiográficos: Art Spiegelman, autor de
Maus; Alison Bechdel, autora de Fun Home; David Small, autor de Cicatrizes; Marjane
Satrapi, autora de Persépolis; e Craig Thompson, autor de Retalhos. Nessas
entrevistas se busca evidências de que a produção de quadrinhos autobiográficos
teve efeitos que possam ser entendidos como terapêuticos na vida de seus autores.
Nos cinco casos em análise foi possível constatar efeitos terapêuticos da produção
dos quadrinhos. Apesar de não se poder afirmar a partir dos dados trabalhados que
histórias em quadrinhos podem ser utilizados como método expressivo na clínica
junguiana, a evidência levantada nesse indica que a potencial na aplicação dessa
técnica e, portanto, mais pesquisas no campo devem ser realizadas,
preferencialmente com material primário.