BIBLIOTECA IJEP - DINÂMICAS COM TINTAS À BASE DE ÁGUA: UMA LEITURA JUNGUIANA
Informações
BÁRBARA PESSANHA
Data publicação
21/06/2024
Hastags #Tintas #Psicologia Analítica #Arteterapia
Resumo
Na psicologia analítica lidamos com a expressão criativa como ferramenta na emersão
de conteúdos sombrios oriundo do inconsciente, esse é um dos muitos recursos
simbólicos que nos atemos para conseguir ressignificar e integrar a consciência temas
que até então geralmente não elaborados pelos nossos clientes que estão em
processo terapêutico. Nesta presente monografia, discorremos sobre as tintas à base
de água, mais especificamente a aquarela, a tinta acrílica e o guache e suas
materialidades e comportamento de essência e especificidade para amplificar a visão
para além da imagem criada em cor e forma. E levantamos a questão se é possível,
por meio dos estudos das tintas à base de água, estabelecer uma ampliação do seu
simbolismo lançando mão dos conhecimentos advindos da teoria junguiana e da
arteterapia? A execução por si só já nos traz elementos relevantes para leitura
simbólica e isso pode ser agregado a questão de uso e meios de diluição das tintas
aqui retratadas. Desse modo, trazemos experiencias práticas para demonstração de
comportamento plástico das tintas (aquarela, tinta acrílica e guache) e ponderamos a
diferença do uso artístico e do uso terapêutico mostrando que “erros” no mundo das
artes não são erros para a arteterapia, são possibilidades imersivas de
autoconhecimento dentro de uma análise junguiana. E devem ser, olhados e
observados no todo, com subjetividade e cuidado, outra possibilidade trazida dentro
deste trabalho é olhar a dualidade conceitual da psicologia analítica de Carl Gustav
Jung com as ideias de expansão e controle na execução de imagens com as tintas à
base de água. A diluição em água traz ferramentas que nos mostram a dicotomia da
expansão e do controle em polos distintos de ação e execução das imagens. Toda
dualidade apresenta dicotomia e a reflexão é compreender esse comportamento para
a ampliação arteterapêutica ser livre de preconceitos e conceitos fechados, podendo
assim, ser livre para a subjetividade do encontro e da prática expressiva sem leituras
engessadas e definidas por conceitos unilateralizados de leitura simbólica.