BIBLIOTECA IJEP - PSICOLOGIA JUNGUIANA NA CONTEMPORANEIDADE A ALTERIDADE COMO POSSIBILIDADE TRANSFORMADORA NA SEGUNDA METADE DA VIDA.
Informações
LIS BARROS VILAÇA
Data publicação
04/04/2020
Hastags #alteridade# #metanoia# #segunda metade da vida# #meia-idade# #individuação#
Resumo
A interpretação unilateral dos aspectos que envolvem a metanoia pode dificultar a
experiência vivida na segunda metade da vida. Apesar da crise, ou principalmente por causa
dela, esse período pode significar um momento oportuno para a individuação. Para individuar,
precisamos da interação com o outro. A hipótese é de que a alteridade, que expressa a relação
com o outro e consigo mesmo reciprocamente, pode fornecer subsídios para melhor viver a
crise da meia-idade. O objetivo dessa monografia é, portanto, correlacionar a conduta da
alteridade com o processo vivido na segunda metade da vida, com vistas à individuação. Como
objetivos específicos, têm-se: (i) identificar aspectos da alteridade que dialoguem com a meiaidade no
movimento de afastamento entre o eu e o outro; e (ii) identificar aspectos da alteridade relacionados
ao movimento de aproximação, ou seja de integração desse eu com esse outro, na coletividade.
A discussão metodológica centrou-se de forma teórica, por meio de pesquisa
qualitativa, lançando mão de revisão bibliográfica, sob o olhar da Psicologia Analítica, com a
análise subjetiva da pesquisadora. No capítulo 1 (“No meio do caminho, havia uma pedra”),
foram apresentados conceitos fundamentais da Psicologia Analítica, com enfoque nos aspectos
da psique na segunda metade da vida. No capítulo 2 (“Alteridade: sístole e diástole”), discutese
o conceito de alteridade, como movimento dinâmico e contínuo, que possibilita o exercício da
diferenciação e da integração com o outro, constantemente.
E, por fim, no capítulo 3 (“Vivendo a alteridade durante a metanoia”), a diferenciação e a
aproximação do eu em relação ao outro são analisadas dentro dos processos da segunda
metade da vida, especificamente na identificação das personas – como conhecimento
do eu – e projeções – como distinção do outro.
O estudo corrobora a hipótese, concluindo que a alteridade constitui alternativas de
respostas criativas à metanoia pois amplia a percepção do si-mesmo, contribuindo
para o escopo de possibilidades terapêuticas sobre o tema.