BIBLIOTECA IJEP - PSICOLOGIA JUNGUIANA NA CONTEMPORANEIDADE: A DINÂMICA DA ENERGIA PSÍQUICA NO PROCESSO DE LUTO CRÔNICO


Informações

Autor(a)

DANIELLA SCHMIDT


Data publicação

13/05/2023


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Hastags #Psicologia Analítica# #energia psíquica# #luto crônico# #luto# #libido#
Resumo

A presente  pesquisa  trata  da  compreensão  da  dinâmica  da  energia  psíquica
durante o processo do luto crônico. A partir de um aprofundamento na teoria da
libido de Carl Gustav Jung e apoiado nas pesquisas sobre luto desenvolvidas por
Colin Murray Parkes, este trabalho analisa os principais aspectos e movimentos da
libido  no  luto  crônico,  descrevendo  os  processos  energéticos  inerentes  a  esta
condição  e  buscando  esclarecer  algumas  dinâmicas  psíquicas  relevantes  nessa
cronificação. Tem com objetivo correlacionar a dinâmica da energia psíquica e seus
movimentos  de  autorregulação  com  o  problema  do  luto  crônico.  A  linha  de
problematização fundamenta-se na seguinte questão: o que acontece quando uma
pessoa permanece tão atrelada ao ente perdido de modo que a imagem do falecido
se mantém nítida e presente na realidade atual do enlutado, como se estivesse
indiferente ao passar do tempo, produzindo tanta dor e isolamento? A hipótese inicial
é que, devido ao alto valor do evento e com o choque emocional diante da morte,
uma grande quantidade de energia psíquica fica represada, regredida e fixada no
conflito gerado pela perda, hipertrofiando os afetos por ele constelados, interferindo
na  dinâmica  do  intercâmbio  energético  do  sistema  e,  consequentemente,  no
processo de elaboração do luto. O estudo se deu de forma qualitativa e teórica,
embasado em revisões bibliográficas nas obras completas de Carl Gustav Jung, em
pesquisas de Colin Murray Parkes e apoiado, também, em outros autores relevantes
para o tema. A conclusão constata que, quando o luto se cronifica, a libido cessa seu
movimento  de  progressão  gerando  um  conflito  que  conduz  a  um  represamento
energético e agravamento dos sintomas do luto, levando o indivíduo a  uma fixação
e maior dificuldade de elaboração de seu enlutamento.