BIBLIOTECA IJEP - PSICOLOGIA JUNGUIANA NA CONTEMPORANEIDADE: O NASCIMENTO DA MORTE SOB A PERSPECTIVA DA ALMA.
Informações
MARIA DE JESUS CARVALHO LOURENCO
Data publicação
27/08/2022
Hastags #vida #morte #Core #Perséfone #Hades #rapto #alma #individuação
Resumo
Este trabalho monográfico aborda como o confronto com a morte auxilia ou mesmo
dá ensejo ao processo de individuação. Tem como objetivo investigar a propositura
através da cena mítica do rapto de Core por Hades e o processo de transformação
profundo da donzela em Senhora do Mundo das Trevas. Há uma morte para realidade
materna com que se via indissociada e uma vida na alma, possibilidade aberta pelo
intenso processo de individuação que com o rapto se apresenta como convocação,
como geralmente o é, o ego não escolhe estar na jornada, simplesmente o caminho
se apresenta e o impulso de seguir é irresistível, ainda que em forma de um rapto. A
hipótese do presente trabalho é que a alma convoca à individuação e este movimento
é morte para um estado de vida, consciência, em alguns momentos até mesmo morte
literal. Aquilo a que se resiste, persiste, portanto o ego se vê compelido a aceitar o
caminho (aqui há um divino, Hermes) que leva à morte simbólica ou literal,
transformação que metamorfoseia jovens, tido como neuróticos, em flores
(representação do self), meninas indissociáveis em Senhoras, em pé de igualdade
com sua origem e paridade com o consorte, Perséfone é uma Senhora. Este é um
trabalho cuja metodologia é de pesquisa bibliográfica, de cunho mítico como suporte;
pode-se observar a violência necessária, muitas vezes, para que se mergulhe nas
imagens internas, discernindo a energia que estava voltada para o mundo externo à
adaptação interna. Dessa forma pode-se compreender o chamado convocatório com
que todo mortal se confronta, morrer para poder viver, viver em anima.