BIBLIOTECA IJEP - PSICOLOGIA JUNGUIANA NA CONTEMPORANEIDADE O USO DE RÓTULOS POSITIVOS NA INFÂNCIA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O ROMPIMENTO DO EIXO EGO-SELF
Informações
JACQUELINE TAMINE VILLA
Data publicação
23/11/2021
Hastags #jung #infancia #psicologia
Resumo
O presente trabalho aborda o uso de rótulos positivos na infância e investiga a
possibilidade de rompimento do eixo Ego- Self em decorrência desse uso. A partir dos
conceitos e definições de Ego, Self, Consciência, Inconsciente pessoal, Inconsciente
coletivo, Sombra e Persona, de Carl Gustav Jung, tem como objetivo demonstrar
como se dá o surgimento do eixo ego-Self na infância, a importância da relação primal
mãe-filho para o desenvolvimento da personalidade e o reconhecimento dessa criança
de forma integral, além de discutir sobre o impacto que o rótulo positivo tem na vida
adulta, em decorrência do rompimento com o eixo Ego-Self que o uso de rótulos
positivos proporciona, causando um sentimento de vazio, dificuldade de
autoaceitação, desconexão consigo mesmo, falta de sentido na vida adulta. Dessa
forma, traz a seguinte problematização: O uso de rótulos positivos na infância contribui
para o rompimento do eixo ego-Self? Para responder a esse questionamento, essa
monografia foi feita utilizando-se o método de pesquisa bibliográfica embasada em
livros e artigos acadêmicos que abordaram uso de rótulos na infância e o referencial
junguiano e concluiu que, ao utilizar os rótulos positivos, os pais deixam de ver a
criança de forma integral, o que auxilia no desenvolvimento de uma persona bastante
rígida e a aprisiona a apenas uma forma de ser, pois depende da aceitação dos pais
para se sentir pertencente e amada e não sabe se isso permanecerá ao não
corresponder à expectativa que o rótulo dado pelos pais carrega. Ao não poder
exercer outras possibilidades de existir, o eixo que liga o Ego ao Self, que conecta o
consciente ao inconsciente, se rompe e isso traz muitas dificuldades ao longo da vida.
A partir dessa constatação, fica clara a necessidade de atenção dos pais para que
não utilizem rótulos para definir quem os filhos são, mesmo que esses sejam
agradáveis de acordo com os valores da sociedade e que pareçam auxiliar na
educação.